Num clube ainda desorganizado e em auto-construção como é o caso do nosso, muitas vezes cometem-se grandes injustiças na valorização de alguns atletas. Ao longo destes anos de clube, tenho observado como, de forma primária e inconsciente, se têm valorizado atletas cuja postura não é a mais correcta a todos os níveis, embora possuam um potencial andebolistico inquestionável.
Um joagador\atleta não se pode medir ou avaliar somente pela sua espectacularidade momentânea em jogo. É necessário avaliar de forma concreta a sua eficácia real nas diversas fases de jogo e relembro que um jogo de andebol tem no mínimo cinco. Noutro âmbito, saindo da parte técnico - táctica, é imprescindível verificar a disciplina, a atitude, a frequência de treino, o respeito pelos colegas, o altruísmo, a capacidade de trabalho e o espírito de sacrifício do atleta. Apenas os que preenchem todos estes requisitos podem ser valorizados.
Neste sentido e tendo um papel activo no clube como formador de atletas, penso ser importante valorizar quem de direito, destruindo o velho hábito ginasista.
Serão muito poucos, aqueles que poderão ombrear com um atleta a todos os níveis exemplar como é caso do Renato. Em todos estes anos de clube e falo como conhecedor profundo, o Renato é exemplo supremo. Para além, da sua espectacularidade em jogo (rato mágico), agora um bocadinho perdida, da sua garra característica, poucos levaram tão a sério o compromisso de ser atleta do ginásio. Em anos de treino com ele, poucas vezes foram as que faltou a um treino e poucos foram os treinos em que não treinou no máximo das suas capacidades.
Em suma, e aproveitando para lhe desejar os parabéns ( - estamos a ficar velhos pah), se me perguntarem por um atleta modelo, direi, provavelmente, um Renato com um metro e noventa.
Pedro Pinto, treinador de iniciados
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